Diz a minha mana. Que raio, foi-me buscar o bichinho de novo, tava ele tão descansadinho que nem o hospedeiro parasita de uma qualquer alma des-corporizada (a tentar dizer sem corpo), a ver o ócio do intelecto, o tempo a passar e a repousar numa qualquer cadeira em bamboo, debaixo duma palmeira à sombra de um outra bananeira.
Estive fora, 20 dias inteiros e imeginem todos eles em Lisboa, sem ter tido umzinho dia de curte, de relaxe, credo de compras, windowshopping (que não gosto nada especialmente se o bolso tá roto), umzinho dia sequer às docas (para quem tá fora, as docas é ainda um sítio de interesse, mas a noite começa tão tarde que raio) ou sequer umzinho passeio pela minha amante secreta - Sintra.
Não são descritiveis, estes 20 dias. Mas são memoráveis pelo encontro, o primeiro entre 3 irmão e um pai a ver e muito provavelmente a curtir a cena toda. As curvas, os modos, as formas e posturas - tudo ao molho e fé nos trópcos. Cada um com o seu polo hemisférico mas com um amor especial, muito especial, pela experiência vivida em conjunto ou não, pelos tiques. Trocadas roupas e camas feitas - meu irmão fez-me a minha cama pela primeira vez na vida dele e minha (fenomenal), duas gatas pelo meio doces como sorvete apetece lamber e fazer ron-ron.
À parte dos objectivos e missões, frio e taxistas mal-dispostos, estive com o sangue do meu sangue e isso foi bom. Foi mesm bom. Deve ser a baba dos intas!
Estando fora de Lisboa já há quase 12 anos, o regresso à nossa outra casa, pauta-se sempre por vermos as coisas que nunca vemos quando vivemos nelas. É normal. Mas ressaltou-me uma balança, verde que deve ela só pesar uns cento e tal kg, no mesmo sítio que a vi pela primeira vez em 1983, data em que cheguei a Lisboa. No Cais do Sodré. Tudo mudou, mas ela, hirta, teimosa quer-nos lembra que é e tem direitos. Agora, não a tirem de lá agora, passou a ser um testemunho das minhas passagens por lá a caminho do St. Julians School. O meu português não era muito famoso nesse tempo e vinha dum colégio religioso anglosaxónico, e coisa e tal. Não a tirem lá, por amor de deus!
A comida continua ótima para o colestrol, e compra-se feito na Dispensa, passo a publicidade pois é memso fresca, boa, comestível e de pedir por mais.
Voltei, fui agradavelmente presenteada com flores no aeroporto e um up-grade para executiva, vim deitada, escarrapaxada como que a gozar o pronúncio do cansaço que tinha que deixar em Lisboa. Como cansada? 20 dias em Lisboa, cansada??
Estive a reentrar na twilight zone do hemisfério sul. E com a tanta saudade e falta que me fez este calor.
quarta-feira, março 23, 2005
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8 comentários:
Fez-me falta o blogue para me ajudar a sonhar com o calor daí.
Obrigada por ter voltado!
Olá Pituxa, bien venu ici my dear. Não tinha tido o prazer de te conhecer. Interessante como de repente os imigrantes passama ater tanto em comum, mas em portugal não seria nada fácil isso. Um beijinho para ti e já fui passear pelo teu conzentismo "mais do que normal" que de normal não tem nada. Sair de Portugal per si é suficientemente louco!! :)
ai, a rapidez dos erros ortográficos. Conzentismo, leia-se cinzentismo!
Passadita querida, como tu misturas bem as saudades de dois lugares.
Beijinhos e até um dia, aquele em que eu me tirar das minhas "támanquinhas" e voar até aí.
(Levo chinelas em vez de tamancas!)
Olá Mada, que saudades tuas! Eu só não consigo viver em portugal, adoro o país. Mas a raíz é definitivamente mais africana, disso não há dúvidas. Custa-me o sub-desenvolvimento. Por outro lado dá-me perspectiva de futuro, algo que aí nicles. Enfim. E falta falar-te da paixão que tenho por África do Sul. Angola é outro assunto por completo. Cá te espero!!! Quando vens?
E p'ra que servem as manas senão p'ra despertarem toda a espécie de bixinhos que habitam em nós? =)
faço aki o juramento de te não passar o de áfrica, kesse pode ser complicadito!! :)
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