quinta-feira, fevereiro 10, 2005

Cores

Sou pessoa de cores, talvez pelo amor exagerado que tenho da vida, do viver. E que contradiz em absoluto o lado sóbrio das cores neutras, terra, que adoro. É assim que muitas vezes encontro o equilíbrio. Elas há, pessoas e almas que por este mundo andam cuja influência assenta por exemplo a ler o horóscopo. Eu não e muito provavelmente farei parte de uma minoria. Não sei, mas também não é importante.

Além de ser verdade que as cores têm um poder impressionante sobre nós, as cores emprestam ao nosso espaço o volume, o contraste as diferenças de objectos, enfim as cores dão cor. Um resultado da luz.

Há dias em que estou comunicativa, só me apetece amarelos-vermelhos-laranjas-vivos, outros em que apenas os azuis nos aguentam os dias calorentos.

O meu espírito observador, muito incomodativo, inato mostra-me pelas cores se a pessoa vive a vida, se é comodista ou se se encontra triste e depressiva, sem luz. São as cores que têm ditado a forma de decoração dos meus espaços. Exemplifico: todas as áreas de grande utilização, provocando rotina eu utilizo cores neutras e acrescento-lhes detalhes cheios de cores e até texturas. Tenho no local de higiéne um tapete em tons azuis, branco por lá misturado e com uma textura para os pés muito engraçada, cheia de elevações em pano e que formam ondinhas. Faz cócegas! Ou a área de comer, mesa, toalhas neutras tudo o resto - pratos, talheres, copos e até a comida - complementam e atribuiem o preenchimento que possa faltar ao vizinho do lado.

Incomóda-me biblôs, gosto deles grandes e que tenham ou uma função ou um significado histórico, mas não necessáriamente valioso. O que não quer dizer que eu não tenha espaço no chão ou parede para um Monet.

As cores, sem que lhes seja dada a devida importância, têm um papel fenomenal nas nossas vidas, eu apenas sou muito sensível a elas. Tudo o que provoca o fechar do espaço eu corto, sofro de claustrofobia (não clínica), mas sendo um ser relativamente baixo, tenho metro e meio, preciso estranhamente de muito espaço à minha volta. E as cores juntamente com a luz fazem um trabalho nesse campo incrível.

Sem dúvida que por pensarmos (ao qual sem ele não chegaríamos a conclusões de nada), temos a capacidade de "saber" e outros "sentir" aquilo que nos influencia, nos toca ou provoca.

O mar, meu espaço de eleição só tem cor quando a luz entra, mas quando entra nada é mais mágico. Magia aliás onde abunda a utilização da cor.

Bem, tudo isto para dizer que fui buscar um template neutro, porque o que eu queria dar como cor através das minhas palavras é bruscamente interrompido pelo ROXO que detesto (deprime-me) e um AZUL CUECA que não encaixa, não equilibra nem contrasta.

Cada um com a sua panca.

2 comentários:

Madalena disse...

Querida Passadita, Nunca te imaginei com cores de Sexta Feira Santa. Imagino a tua espontaneidade muito verde (sem ter nada a ver com clubes!) porque a natureza é verde e tu tens com ela esse lado comum: espontaneidade, como já disse.
Mil beijinhos

Passada disse...

Oi minha querida Mada. O Ma-schamba vai a Nampula, pedi-lhe para tentar ver se quadro de teu pai está lá. Cores a uma sexta feira é o que mais tenho!!!! Sim nunca fui clubista, nem grupista mais do tipo lobo (a) solitária com gosto pela cultura e os humanos. Bjitos grandes pa ti