e o seu livro Admirável Mundo Novo (versão inglesa completa), foi dos autores e obras que mais me marcaram.
Várias as razões, mas a mais impressionante a data em que foi escrito e o ano em que vivo.
A controvérsia à volta de todo este tema além de ser grande, chegará um dia ao ponto em que deixa de ser tema. E porque este escritor já o tinha dito há muito. Também. Mas não só e aqui que me seja perdoada a ignorância da matéria, a minha observação em nada erudita, diz-me pelo que me rodeia que já lá estamos. Nesta fase onde abundam não só as pesquisas mas acima de tudo as tendências.
Um outro livro "A guerra dos Espermas" (bom ou mau, não vem para o caso) alertou-me para a selecção feminina que já é feita e de uma forma natural, inconsciente até da parte das mulheres, na continuação se possível forte das suas crias, ou melhor filhos.
Porque faço eu a ligação entre um livro e outro? Penso que tem tudo a haver. No caso do segundo, onde cerca de 10% da população que nasce, nasce sem ser dos pais biológicos (por favor tentem ler-me sem a capa da moral, se se conseguir), onde a infertilidade nem sempre parte de um ou do outro lado, porque será que ela acontece? Tem tudo a haver.
exemplo de perto: uma amiga minha daqui de Maputo, andava há 8 anos a tentar ter um filhote. Nem ela nem ele, após longos, chatos e custosos testes, chegaram à conclusão de que não havia de facto problema nenhum de ambos os lados. Mulher dos seus 35 anos, já desesperava ante a possibilidade de envelhecer sem conceber. Um dia na brincadeira (mesmo) disse-lhe que se ela fosse fazer o filho num outro "pai" (atenção à moralidade de novo) que engravidava. Rimos um pouco com a estranheza do pensamento e da possibilidade, discutimos o livro e passou-se.
Os acontecimentos a seguir ditaram o inevitável. Separaram-se não por esta razão, mas por outras (tão comuns às separações, incompatibilidades etc e tal) e esta minha amiga em férias, aí em Portugal apaixona-se por um rapaz todo giro e na primeira relação sexual que tiveram (porque se acabaram os preservativos...) ela engravida logo. Hoje o bébé tem ano e meio, ele veio viver para Maputo e ela anda mesmo ... mulher.
É importante salientar o facto de que no último teste que ela fez, o médico informou que ela tinha uma "membrana" que bloqueava as trompas.
Pergunta: onde estava ela, quando engravidou? E que não a deixou engravidar durante 8 anos?
As duas, sentámos, falamos, discutimos longamente este assunto como devem clacular. Tivemos que chegar à conlcusão de que o amor que esta mulher sentia pelo homem de quem se separou nada tinha a haver com a "procriação". Dois processos distintos. Nesse momento toda a ansiedade, frustração e até medos desapareceram.
Nós as mulheres andamos a escolher quem queremos que seja o pai das nossas crainças. Aldou Huxley, fala sem dúvida, sob outro prisma, mas dessa selecção, remetendo para o final numa reserva única, a espécia ainda humana.
Cada vez que vou ao Kruger Park, o Mr. Aldous Huxley assalta-me a mente e a mãe natureza instala-se...
quarta-feira, fevereiro 09, 2005
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Passadita querida, também esse livro me marcou muito.
Há pouco tempo um aluno de há vinte cinco anos atrás disse-me: Li o Admirável Mundo Novo e o Triunfo dos Porcos. Acrescentou que eu dissera na altura que eram duas leituras que nos iriam ser muito úteis para compreendermos o futuro. ele diz, mas eu não sei se terie dito isto pois não tenho muito jeito para profecias. mas talvez tenha dito, não em jeito de profecia mas em jeito de reflexão.
O caso da tua amiga prova bem que muitas infertilidades não tem origem na natureza da carne, mas noutras naturezas que existem em nós e que nem delas temos consciência clara.
Já te disse que o papel que mais gostei na vida foi o papel de mãe? Devo ter dito! Proclamo-o aos sete ventos!
Muitos beijinhos para ti. Pode ser que os teus beijinhos na volta do correio tragam um bocadinhos de calor
Há alguns erros no meu comentário. Desculpa. É o afã bloguístico!!!!
Mada querida, calor na volta do correio é o que te poderei mandar sempre, abunda por estas bandas. Papel de mãe e se o disseste? Não era preciso, vê-se em cada palavra tua. Beijo para ti
Enviar um comentário