Previlégio de Zaka

Para quem não conhece, a Zaka é a minha cadela. Com 6 meses, comporta-se...tal qual um canino, uma canina. Temos andado à procura da raça dela, não que tenha muita importância, mas a sociedade acha que sim. Temos de saber. A última versão, dum luso qualquercoisa que viveu nos EUA, veio para aqui (desconfiem sempre) e diz que é uma Xitsu.

-"Não é pura, mas é uma Xitsu"
-"Ah sim? que giro, agora já sei a marca dela..."
-"Caracteristicamente: é inteligente, bonita, consegue destinguir um objecto entre 16, não tem pelo, tem cabelo, adora bébés e crianças, vai detestar animais e é muito alegre, brincalhona...."

Sem querer parecer babada, de facto encaixam, essas características. Só faltando mencionar que a cor dela é giríssima, sardenta, com uma grandes sardas tipo bola, uma pele mais rosada que um leitãozinho quando nasce, tipo a perfeita simbiose das cores: preta, branca e castanha. Como que me emprestando a forma interessante de passear a ideia que tenho sobre a pigmentação das pessoas, ou seja não estou preocupada. Toda a gente a baba.

Acarinhada, tratada como gente - ela pensa que é.

Mas a melhor de todas, deu-me a minha empregada Quitéria, com a seguinte lista de compras:

-Açucar castanho
-Top Score (farinha de milho, cá escrevem-se marcas)
-Hand-Hand branco (dizendo Handy Handy porque temos, azul, verde às bolinhas)
-Limão
-Leinço da Zaka
-Sapatos da Zaka

-"Quitééééééria?"
-"Sim, senhora?"
-"Lenço e sapatos da Zaka?"
-"Sim senhora, é para ficar bonita e não sujar os pés"

- Hããããã?
- "Ok, Quitéria, no frio vamos arranjar um casaco de cabedal para ela"
- "A sério senhora?"

:)