domingo, janeiro 30, 2005

Cheira Bem, cheira a Lisboa I

Estes posts que irei a seguir escrever, darão conta das características típicas de Lisboa e que para uma africana que nem eu, marcaram para o bem e para o mal.

Logo de início:
1. credo, o briole que me entranhou pela espinha e nariz
2. chuva fria e ventosa, dias cinzentos e meu deus muitos e longos dias
3. 9 meses de frio, 3 meses de calor o oposto ao hábito
4. demasiado tempo fechada dentro de casa por causa do frio
5. ainda no frio, andar de autocarro com as janelas todas fechadas e ouvir insultos depois de as abrir
6. as conversas de autocarro: doença, falta de dinheiro, o filho da "outra" que virou toxicodependente, a mulher do "outro" que não veio a casa, prozac e a eterna depressão lusa
7. entrar uma grávida ou pessoa de 3ª idade e ninguém dar o lugar até ao motorista o pedir por elas e a eterna paciência dos condutores da carris, agressivos, bons condutores, e com raros sorrisos
8. ouvir insultar a mãe desta, daquela e do outro: aprendi a asneirar a sério (não posso imaginar o baque que teria sido se tivesse entrado no porto directo de áfrica)
9. a caminho da escola, na paragem do autocarro ou a ver uma montra ouvir piropos directos, com olhares directos e palavras directas
10. ser apalpada no metro e eu achar isso uma profunda violação ao meu espaço e integridade.

Amanhã mais 10 boa noite e até amanhã.

2 comentários:

Madalena disse...

É o que temos querida Passadita. E agora está mesmo muito briol. Se eu tivesse direito a viver outra vida, teria de ser num sítio onde não houvesse injustiças nem estupidez... Não há pois não?!
beijinhos

Passada disse...

Olá Madalena, depois de ter tido a conversa com uma médica, aprendi que sim existe a estupidez, burrice aka mentes menos desenvolvidas. Essa clínicas, outras há que são meros espíritos menos simpáticos. E viva à diferença. E o que se tem não é mau, é o que é. Beijocas