Divina capulana, me cobres.
Uma manta.
Me tens como uma santa.
Sabes dos meus desejos:
Maputo, Sofala, Nampula.
Não perco o tempero.
Por onde ando, onde vivo, aonde vou
sou Moçambique o tempo inteiro.
Sorrio, danço e canto.
Falo o português sambado
um português de outro jeito.
Assim sou mais feliz.
Meu destino, capulana, nas veias do mundo.
Ou no braseiro: no Brasil.
Quando me cobres
minha alma moçambicana
encanta presente e futuro
com o valor dos meus segredos – no calor dos meus quadris.
Por Walter Ramos de Arruda
terça-feira, dezembro 14, 2004
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2 comentários:
Lindo, Passada.
Quem é este autor?
beijinhos
é um escritor musicólogo de afro-brasileiro, também gostei muito bjinhos
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