sexta-feira, outubro 29, 2004

A TAP e a LAM.

Para quem lê a imprensa local, viu um excelente desabafo de um português sobre o mau serviço que a TAP prestou quando assinou o acordo com a LAM para se fazer transportar os passageiros para portugal. Digo excelente porque e tenho de o dizer, por vezes temos uns "vasquinhos" (aquele que fala a mesma língua que eu, transporta o mesmo passaporte que eu e que ainda pensa que vem descobrir áfrica), que só estragam o relacionamento, só comprometem o fluir per si difícil neste equilíbrio que se pretende encontrar, não dignificam nada, mesmo nada aquela que é a raça portuguesa. A minha.
Mas os portugueses não são originais nem inéditos neste tratamento, por cá temos exemplos de todo o lado quando verificamos o tratamento que é dado, ou a preferência inexistente que é permitida. Quando exerci a actividade de trading, importação / exportação, ficou bem claro que o material ou a matéria prima que vinha para aqui, até podia vir cheia de salmonela, como foi o caso duma encomenda que fiz de farinha de peixe. Tiveram azar porque mandei tudo para trás e ainda cobrei o seguro. Mas fui parar ao hospital com salmonelas, isto no dia 31 de Dezembro, para não me armar em esperta.
Faço um alerta a todos os portugueses que queiram estabelecer negócio ou pontes seja do que for, tenham e mostrem o respeito, que é exigido em portugal a todas as entidades e pessoas estrangeiras. Não somos melhores do que ninguém. O cordão umbilical pode estar lá, mas não se enganem é só isso que está, mais nada. Moçambique tem uma identidade própria, um caminho próprio a percorrer, uma vontade política própria e necessidades próprias e que na grande maioria das vezes nada tem a haver com a dos portugueses. A linguagem do mercado é comum ao global, mas não se confunda economia com cultura.
Haja respeito!

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