sábado, agosto 28, 2004

O desnível do nível

Apresenta-se-me a oportunidade ímpar de assistir a uma conferência de imprensa de um grupo de moçambicanos que tiveram o restrito previlégio (ai que inveja...) de lhes ser pago uma viagem de 27 dias aos EUA (aquele país desenvolvido), estarem em contacto com imensas e importanntes entidades comerciais e outras, passando por vários estados dos estado unidos da america. Aqui chegaram, dois dos elementos conheço pessoalmente e admiro o trabalho. Ao apresentarem os resultados, mal e com mais erros ortográficos que a revista que tento fazer todos os dias, lá nos trouxeram a engraçada informação desses sítios que esperneiam vontades de parceria mas "têm que perceber que não basta enviar uma cassette com a música feita, tem que ser algo bom, porque estas entidades recebem milhares e por dia, há que saber filtrar..." explicando um dos elementos do grupo preocupadíssimo com o nosso nível de qualidade que por cá temos e fazemos, não ser concorrencial num país como os EUA. Com a clássica já cansada, "se querem apanhar os fundos disponíveis, terão de fazer parceira com uma entidade dos EUA e terão que ser eles a apresentarem o projecto".

1º Se não temos qualidade, temos de a alcançar
2º Se queremos dinheiro mas não parceria, devemos re-opensar o negócio
3º Se não sabemos qual é a realidade americana, devemos aprofundar o conhecimento

E digo isto, porque há que potenciar e capitalizar ao máximo toda e qualquer oportunidade para nós aqui em moçambique melhorarmos, e por fim tornarmo-nos concorrênciais. De outro modo restam-nos poucas chances de vingar dentro do já contexto global. Quer gostemos quer não.

Sem grandes demoras, porque só temos uma vida (dizem), só conseguimos nesta fazer o que na outra "desconseguimos" (dizem).

Há muito trabalho por fazer, mas o que gostei de ver particularmente foram os toques e pequenos maneirismos americanos completamente aculturados nestes nossos colegas da pena e da voz, apenas em 27 dias.
Urge saber e sentir a identidade de cá! E depois como fazer a entrega dessa experiência com o tanto que há por fazer?

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