Tem cerca de 8km (se não me engano) e é caracterizada pelo evoluir natural duma cidade. Para quem quiser começar na baixa, a 25 de Setembro passa primeiro por uma zona que nem pista de fórmula 1, com curvas de mónaco e muitos, muitos acidentes resultantes de excesso de velocidade, copofonia e falta de maturidade apenas (esta estrada encontra-se mesmo ao lado do mar o que significa que estará sempre para mais ou para menos húmida) e consequentes mortes, uma pequena muralha que vai ficando dia para dia mais destruída e uma beleza estonteante.
É de salientar que se encontra agora nesta zona um take away de sumo de cana de açucar, giríssimo - paramos o carro e o copo de sumo sai duma máquina tipo de carne moída. Um pequeno bar que parec ter dificuldade em "pegar", o naval e mais nada.
Mais lá para a frente, onde agora fica o Holiday Inn nasceram mais bares, restaurantes, cervejarias e é tabém onde clássicamente existe uma senhora que vende toalhas e peças em crochê penduradas numa corda entre árvores. Até esta zona a marginal não paresenta grande problemas, excepto na zona das curvas de mónaco onde a estrada está a ser comida por dentro pelo mar, e há cerca de uns meses abriu lá um buraco numa curva de 2m e o passeio fragilizado cedeu.
Do Holiday Inn para o Costa do Sol é onde se começa a ver as tais de árvores em pé suspensas apenas pelas suas majestosas e sustentadas raízes oferecendo assim excelentes imagens fotográficas.
O volume de trânsito aumentou drasticamente estes últimos 10 anos, creio arriscar dizer que Maputo não está preparada para tanto carro (hoje já temos hora de ponta e para quem conhece Maputo sabe que isso é fenomenal, em vez de eu levar 5 minutos a chegar ao serviço, levo agora 15m), este factor veio contribuir para o normal wear and tear da estrada, mas o que está a acontecer mesmo é o mar engolir a terra. Normal. E zonas há, a seguir ao cruzamento do Marítimo onde foi feita uma pequena ponte a seguir às cheias onde tem mais de areia do que de estrada.
Do Marítimo para o Costa do Sol e para além de um boom de construção (tenho que o dizer, de casas onde só vi em Miami) a estrada que separa o mar e estas casas vai reduzindo, reduzindo, reduzindo.
Cenário: ou ficamos sem uma grande parte desta marginal e que oferece um verdadeiro romario de hábitos e cultura (desde os casamentos, o desporto radical que é hoje praticado, as missas Ziónicas no mar, os fitipaldis, a pescadinha que ainda é vendida à berma, o Costa do Sol restaurante clássico e de belle epoque) ou este governo percebe que é necessário fazer alguma coisa.
Das imagens mais bonitas, paisagisticas que temos é o regresso pela marginal vindos do Costa do Sol, final de tarde onde parece estarmos a deixar um Maputo dos anos 60 e se começa a ver o skyline da cidade de cimento, e como não podia deixar de ser o sinal cores de espanha para os navios não baterem nesta curva de entrada para o porto de Maputo.
Esta não é porém uma prioridade.
segunda-feira, maio 09, 2005
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