Quando viajamos para Nelspruit, temos sempre a opção de em vez de seguir pela N4, fazer um muito pequeno desvio e entrar para o Kruger Park. Para os que não conhecem é um parque natural com animais que normalmente só se vê nos circos. E no Kruger Park existem os chamados "Big 5" que neste caso é o Leão, Leopardo, Elefante, Bufalo e o Rinoceronte (black or white).
Desta vez optamos por seguir caminho pelas estradas não tocadas pelo desenvolvimento, as únicas estâncias lá existentes são lodges ou hotéis altamente controlados e que cumpram com rigor as Leis da Natureza.
Consegue-se meter Portugal lá dentro, é grande.
E característicamente quando lá vamos vemos por norma: Impalas (o símbolo nacional de rugby da África do Sul) ou vulgo Bambi das histórias, lindíssimo e a sua comunidade é cerca de 110 mil. Estes fazem parte da dieta de um número grande de animais; vemos os Babuínos, macaco um pouco maior com umas mandíbulas um pouco fortes, Javalis, Kudus, Wilderbeest, Crocodilos, Hipopótamos, Elefante, Girafa e os pássaros (estes para os conhecedores é de uma riqueza impressionante dada a sua variedade), e pouco mais vemos.
Os felinos, são visões normalmente raras, temos que ou ter sorte, ou quando os vemos estão metidos no mato. Leopardo então tem mesmo de ser com um safari específico porque são mesmo muito tímidos.
Andamos 6 horas dentro do parque, a uma velocidade não superior a 50kms, estavam 38º . Uma brasa, os vidros dos carros aquecem como se de uma forno tratasse e a vegetação depois das cheias de 2001, uma queimada séria em 2002, está hoje farta, verdinha, renovada. Linda e abundante o que siginifica dificuldade em ver os animais. Existem claro está melhores ou piores ciclos para se visitar os Kruger, na esperança de ver os Leões.
Desta vez não vimos rigorosamente nada a não ser Leões. E no total foram 5. Além de ser um previlégio, fizeram valer as 6 horas gastas sem vislumbrar a vida que aquele parque tem. Além de os termos visto, o impressionante é que em ambos os casos estavam mesmo na estrada ou picada.
O primeiro, quase que passavamos por ele, solitário, jovem lindo enconstado a uma sombra da micaistas. Parámos e ali ficamos a olhar o máximo de tempo possível até chegar um ouro carro e depois outro. Um pêlo lindo, os dentes brancos enormes e uma cabeça digna do seu estatuto. Estes bichos são umas bestas e nós na nossa condisãozita mortal, somos para este lindo animais petiscos.
A segunda vez, desviamos nós para um ponto de água, cerca de 6kms em picada. Por lá andaram crocodilos e hipópotamos (estes ultimos os que mais pessoas matam em toda a África, muito territoriais e agressivos). Viemos embora, é normal. No regresso, para nosso jubilo e de novo à beira da estrada estava um casal, um Leão já velhote e a sua cara metade, a Leoa elegante, mais jovem atenta. Parámos e desta vez desligamos o motor queríamos ali ficar muitas horas a partilhar o mesmo espaço com estes animais tão superiores. Sem tempo para respirar, chega mais um macho, com uma barriga que parecia pronta a explodir, macho, també, velhote e ao chegar perto do casal que estava debaixo da sombra, senta-se resignado à sua condição de enfradado e puff cai na estrada de tão cheio e dentro daquele silêncio todo, a respiração de um leão é algo que se impõem e com respeito. Nós dentro do carro, sem ar condicionado ligado, janelas semi aberta começavamos a transpirar, mas o espectáculo era demasiado grandioso para nos mexer-mos. Chega a última fêmea, namorada do Leão barrigudo e que aoaproximar-se dele, tiveram um pequena trica e trocaram assim umas patadas simpáticas com grrrrrrrs pelo meio.
Desta vez e pelo desvio que fizemos a probabilidade de virem outros carros era remota e assim ficámos uns largos minutos, porque lá apareceram carros (imagine-se), e para darmos lugar aos outros carros tivemos de perder o lugar VIP que foi ter olhado para estes dois casais, maduros a tentar fazer a digestão com um sol abrasador. Iam a caminho da água.
O meu coração batia de tanto Leão ver num só dia e porque afinal a minha ida ao supermercado a Nelspruit valeu a pena.
Um pequeno episódio deste fim de semana passado: um boer farmeiro parece (porque não sei bem a estória) chateou-se com um seu empregado que era Moçambicano, agarrou nele e deixou-o dentro do Kruger Park. O Moçambicano foi comido por Leões, qual presa fácil que nem correr consegue. O Boer-farmeiro está em tribunal.
Mas outros casos existiram, como um grupo de Chineses, que para tirarem a melhor fotografia dos Leões, sairam do carro e foi assim a sua última fotografia. Foram comidos.
É que Leão, é carnívoro. Que coisa. E é rápido nos reflexos. Muito. Com umas garras incrivéis, uma boca enorme tipo lobo mau. A sua característica de ataque é a sua investida ao pescoço da vítma, ou melhor presa para morrer rápido, dado que muitas vezes os coices das impalas ou zebras podem partir costelas e deixar um leão ou leôa ferido, morte certa.
Ali, a natureza manda.
terça-feira, fevereiro 08, 2005
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5 comentários:
Linda reportagem e bem completa... Fiquei foi com medo dos leões!!!! Mil beijinhos, Passadita querida!
Sempre fui mais peixe que carne, mas essa pequena narrativa trouxe-me saudades. O problema do Kruger "bruto" é ser demasiadamente grande. O recurso a reservas privadas é uma boa opção. Check-in by noon e check-out by noon next day. Isso possibilita o safari vespertino, com farolins e tudo, sendo assim fácil observar felinos, inclusivamente a caçar. E o safari da madrugada para os grandes herbívoros.
Já agora: - a história dos turistas japoneses comidos por leões é verdadeira, mas não foi no Kruger. Foi no Lion's Park em Johannesburg, perto de Kyalami e ocorreu no início dos anos oitenta. Claramente os japoneses (ou seram chineses, não me recordo bem) acharam que as abundantes tabuletas a avisarem "keep car doors and windows shut" e "do not leave vehicle" eram uma chinesice dos sul africanos que tinham a mania que eram organizados.:)
só mais uma coisa. Por cá os leões andam é a ser comidos. Mas isso é outra história... :)))
Claramente o texto escrito com mais vigor, está cheio de erros!!! Meu professor de português ter-me-ia dado umas réguadas! As minha desculpas.
Madalena: prometi a ti que iria estar eu enjaulada a ver leões. Beijinhos para ti.
Espumante: juro que pensei que teria sido o episódio no Kruger com os Chineses ou Japoneses. Mas lá por isso, podemos deixar para o lado as constantes fugidas clandestinas de Moçambicanos pelo Kruger e que por lá vão ficando na esperança de uma melhor vida na África do Sul. E sim tanta razão quanto ao seu tamanho. As reservas são grandes e à nossa volta, pela Swazilândia também exsitem mais pequenas. Mas no todo é preciso é ter o espírito da coisa e enjoy the best of África. Beijinho
Pois, esqueci que entretanto aí o meu clube anda mesmo a ser enrabado!!!!
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