quarta-feira, janeiro 25, 2006

Fase parva, em que estou

Barriga

Coloca-se à frente de tudo e de todos literalmente, passar por cadeiras num café tornou-se num problema que é preciso incomodar sempre dizendo “desculpe...”
Conduzir o meu bólide virou tarefa e não prazer. “Será que consigo chegar à reunião?”
TODA a roupa cessou a sua existência no meu guarda-fatos. Eu já tinha feito uma limpeza, agora estou reduzida a um fato de treino comfortável.
A palavra comforto adquire contornos muito drásticos e impossíveis de atingir.
Comer, humpf! Tendo o estômago na garganta, só falta encomendar uma bulimia e desejar que isto passe. Vou comendo com essa coisa que se chama de refluxo.
A minha cama virou um paraíso de almofadas e mal vejo o meu rapaz, que se encontra lá no fundo, entre...tenho mandado uns sms pelo caminho.
Grito com todas as mulheres que me dizem que ter uma barriga “é giro”. Giro???? Está tudo doido? Giro em quê?
Tenho 10kgs a mais no 8 mês, mas começo a achar que as barrigas de 30kgs sobrevivem muito melhor. O que não sei é como iria pôr essses kilos todos, bem tentei.
Os olhares transeuntes são um fenómeno que nem vale a pena estar aqui a descrever, especialmente os dos homens, muito estranhos!
Pareço um balão prontinho para explodir. Depois agarrem-me por favor.

O que resta da mãe

Quase batia numa administradora hoje, duma empresa, numa reunião porque me falta a paciência para jogos profissionais.
“Intolerante, muito intolerante para complexos, sejam quais forem!”
“É hoje que mando tudo às utrigas! Não fosse o estado o meu maior chulo!”
Passei a ter que aceitar “zonas cinzentas”

A filha

Vai tendo paciência para a mãe, consumindo-a
Vai dando à mãe bons momentos, que é quando se meche e remeche.
Vai crescendo, credo, cada vez mais
Já manda em tudo o que faço, em tudo o que penso.
É a minha paixão.

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