quarta-feira, julho 13, 2005

F1 e o Lido

Tive o grande previlégio de conseguir descansar 4 dias, em Paris e com um programa rico, cheio e iluminado!

Vamos pelas prioridades:

Lido pela cultura
O espectáculo do Lido é fenomenal no que concerne a coreografia, a teatrilidade, a variedade, a riqueza do guarda-fato, a produção e as maminhas que por ali andam a saltitar. Tive sempre a ideia de que estes cabarets se faziam respeitar por peitaças fartas mas enganei-me, são peitinhos para todos conseguirmos dançar e cantar e quiça não fazer perder a cabeça aos euros que se pagam pelo show. O temo do show que vi foi a "India" o que valeu à casa ocupar quase a zona do palco toda com indianos. O que não gostei foi a voz da cantora principal, nada de special.

Paris pela beleza
O seu conjunto, desde a luz nocturna aos verdadeiros monumentos esculturais, faz daquela cidade um respirar secular de história. Eu ía perguntando pelo Bonaparte e houve mesmo assim um boer no nosso grupo com uma alta posição que me perguntou "mas quem é esse afinal que estás sempre a perguntar por ele?" - No comments porque eu sei quem foi Luis Trichard e não nasci na África do Sul. Adiante. Paris per si é uma cidade cuja beleza todos deviam ter a oportunidade de beber. Conheço um pouco de França (outras cidades) e a comparação que posso fazer recai sobre as casas que têm aquele formato arquitectónico de Bonaparte. É a terra onde nasce os direitos humanos e isso sente-se em cada passeio.

O Louvre pela sua arte
Cansei os meus pés e a minha beleza. Transformei-me num monstro seco de cultura e que engoliu tudo o que podia humanamente podia ter engolido. Tive uma manhã apenas para ver este local e primeiro que tudo pasmei ante o edifício em si. É fenomenal (que nem as pirâmides do Egipto) ver o palácio. E depois tem tanta arte, tanta arte que fiquei enjoada. Procureo por todo o lado origem da sua construção, no local não encontrei e enviei um sms ai meu Pai e que me responde prontamente que "O Louvre é o maior museu do Mundo, seu responsável foi o Pierre Lescot e que Catarina de Medici também participou nos alçados etc e que levou 200 e tal anos a ser construído". Ato que aconteceu à saída do Louvre, estavamos todos dentro do BUS e por causa deste pequeno pormenor nasceu uma ideia muito interessante em termos de produto "Ask Macuácua" onde as pessoas mandam um sms a fazer uma pergunta cultural sobre algo e Macuácua responde pela mesma via.

A Dama de Ferro
Creeeeeedo. Massive structures. Cruuuuuzes. Nem deu para subir que aquilo parecia a praia de costa da caparica, onde não tem sequer o espaço para o pic-nic. Fotografei o Eiffel. Até porque este rapaz tem aqui em Moçambique uma "Casa de ferro" entre outras obras e é verdadeiramente internacional. Do Eiffel gostei de ver a pequenina e fofa estátua da liberdade em ponto pequeno no meio do rio.

Notre Damme, Jantar no "Marina" pelo rio e o Minsitério das Finanças e as Pontes pintadas a ouro.
Algumas obras vi do barco enquanto se jantava. Fiquei um pouco impressionada com o ministério das Finanças (um mundo) e delirei com Notre-Dame. Os opostos. O Palais de Chaillot, enquanto se casava um Ninpónica com um Franciu fez-me parar um pouco.

Champes Elysées
err...pois. Pelo turismo. Além das lojas para se gastar dinheiro a sério, prima pelo Arc de Triumph e as árvores cortadas em quadrados. É uma avenida muito interessante e seriamente movimentada, com paralelipípedo no rotunda. Que nem o Rossio de Lisboa onde as pastelarias não valem os euros que lá se gastam, falamos de comida é claro. Fizemos a pé.

Metro
O metro de Lisboa é bem mais artístico, claro que não vi grandes estações, acredito até que tenham algumas trabalhadas, mas aí Lisboa ganhas aos pontos. Parece o de Madrid, velhos meio underground mas muito limpinho.

Expresso de Madrugada
No dia da F1, apanhamos um comboio específico para a F1 e foi uma viagem de 200kms tipo Agatha Christie com direito a refeição e tudo. O que deu para ver um pouco da cidade e fora dela. Não foi TGV fomos num meio antigo tirado dum filme.

Bosque de Bologne e o Pigalle
Pois. É por é claro. Ver homens vestidos de lingerie com perucas loiras fez-me lembrar o filme do psiquiatra que matava as suas pacientes. Psycho? Não entrei nem fui a lojas de sexo mas presumo que ficaria meio embasbacada com a minha profunda falta de conhecimento destes apetrechos avançados.

Ponte Alexandre III
Se se for a Paris é obrigatório ver esta ponte pintada a ouro!!!Que luxo meu deus.

Museu dos Inválidos, Versailles, Printemps , infelizmente não consegui entrar, só de fora mas fiquei com a água na boca. Claro.

A F1É preciso dizer que na vida uma vez vale a pena ir ver um espectáculo destes, mas apenas uma vez. É assim, o impressionante são as máquinas poderosas, o barulho e o dinheiro que faz mecher aquele mundo (que costumo ver na TV e vou continuar), só de helicópteros dava para criar uma força aérea combativa de máquinas de filmar. Tivemos acesso VIP, com almoço e duas bancadas, sendo uma na pole position. Resultado? Bebi 4 garrafas de água e ía ficando surda, mesmo com os audio-buffers. Agora que já vi e sei que não estarei nas boxes a falar com o Monteiro, prefiro ver no conforto da minha sala. Além da F1 vimos uma corrida de Porches que gostei muito e a GP2 com direito a 3 acidentes.

O regresso ficou marcado por um acidente na autoestrada que provocou uma bicha de 20kms e tivemos que andar pelos suburbs o que foi ótimo para se conhecer a realidade fora dos Champs Elysées, uma cagada de pombo mesmo à entrada do Charles de Gaule (este aeroporto está obsoleto) e uma gripe de caixão à cova que me obrigou a ficar de cama dois dias.

VIVE LA FRANCE!!





1 comentário:

Pitucha disse...

Passada
Não mencionaste os passeios a pé pela Rive Gauche, que decerto fizeste, onde os grandes boulevards se cruzam e descruzam com as pequenas ruelas. É, de facto, uma cidade mágica!
Beijos