Eu tenho um pai que me passou um certo bichinho - o gosto pelas máquinas, velozes, monstras, clássicas, práticas, com design ou simplesmente "verdes".
Falo-vos de carros, qualquer espécie e tipo. A minha paixão vai desde o mini reboliço, nervoso ao Porsche como o carro agressivo de cidade, ou o impossível Diablo e o lindíssimo Jaguar. E mesmo assim conseguir encontrar pontos positivos num AX Citroen 1000.
O meu pai, é o declarado culpado desta situação, sem regresso. Ainda hoje fui ter com um amigo meu só para sentir (nunca dizemos experimentar certo) um FTO da Mistubishi, com jantes daquelas que parece que o pneu toca no chão, tipo 17'' x 7. E o carro tem uma boa performance.
A culpa que o meu pai tem, começa no início, quando ele achou que me devia ensinar a conduzir, ainda nem chegava aos pedais, no autódromo de Maputo. Ambiente de "racing". Ele dava a primeira volta para "mostrar" como é que se faz e depois era a vez dos filhos. Foi aqui que aprendi depressa o que é um travão e o que é uma embraiagem.
Há filmes que vejo só por causa das bombas, os Mustangs, os Cadilacs ou o Ford.
Tenho assumidamente uma paixãozita por automóveis, para não dizer GRANDE.
Não esquecerei o momento em que o senhor meu pai me entrega um carro para a mão pela primeira vez, um VW Passat e no final da volta por Cascais me diz "Filha, tu conduzes bem mas tens o pé pesado"! O filho deste meu pai, saiu piloto de aviões. E mais não digo, mas se o Dakar tivesse saído de Lisboa há uns anitos, não sei não. Nem que fosse como limpa rodas, lá estaria.
Foi no aprender algumas coisitas que percebo que na estrada existe muita condução sem qualquer noção física e o desconhecimento básico mecânico do carro. É um curso que deveria ser obrigatório, pelo menos na base.
O calhambeque, o clássico, o desportivo, o citadino, o 4x4 eles há para todos os gostos. A escolha é para mim tão difícil, que havendo a disponibilidade financeira teria alguns, tipo um para cada dia da semana. Mas estes descartáveis são ainda hoje caros. E os que gosto excessivamente caros. Fora as brincadeiras que podemos fazer com as transformações num carocha.
Surgiu-me a oportunidade de ir viver a fórmula 1 a França e vou arrancar amanhã, numas férias de 4 dias (algo que não sei bem o que é há uns anitos) e dentro de todo um programa cultural desta cidade da luz que nos apaixona estou decididamente ansiosa por ir ver os Porches a rebentarem com os escapes e girar a cabeça, umas setenta e tal vezes da direita para a esquerda, com um barulho ensurdecedor e gozer um momento ímpar.
Não tenham pena de mim, a canseira aguenta-se que ainda são umas longas horas de vôo, mas recheado de emoção.
Tudo culpa tua pai!
quarta-feira, junho 29, 2005
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4 comentários:
Paris, tão ao ladinho de Bruxelas! Porque não dás um pulo até cá?
Espero que não fiques enjoada com o cheiro da borracha queimada que é a coisa que mais recordo da Fórmula 1 no Estoril.
Diverte-te!
O "nosso" Tiago é aquele vestido de amarelo, de carro amarelo e sorriso amarelo, normalmente o 4º na grelha de partida ... lá atrás. Mas, em boa verdade, é o melhor dos mais lentos, i.e. os dois Minardi e Jordan do team mate.
É pena ele não ter "mais carro".
Enjoy the trip e beijos
Espumante, ainda descubro que o nosso Tiago nasceu em Moçambique!! Sorriso amarelo tinha o outro que só estragava carros, este é bem girinho.
Pituxa, sei que é perto mas vamos com um programa bem apertado, não vai dar fica para uma próxima oportunidade. Beijinhos solarengos de Maputo
Boa viagem querida Passadita!
Aí está um programa que não é nada para mim... Com carros, só um desfile de Donas Elviras!!! De preferência lentas. Os meus filhos gozam-me por eu conduzir devagar. os meus amigos dizem que comigo um carro gasta meio litro aos mil!!!
Beijinhos velozes para ti!
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