Nunca mais me esqueço do dia em que fiz 18 anos e nesse mesmo dia, virei-me para a minha mãe e disse "hoje sou oficialmente independente". Mal sabia eu que a independência tinha tantos contornos e tantas fases.
Nevertheless, foi um dia marcante, um dia de muita importância para mim.
Moçambique já se prepara para comemorar a sua independência e só posso imaginar os arrepios, o encher do coração, o sopro de liberdade que nesse dia, há 30 anos foi sentido por milhões de pessoas.
Não leiam estas palavras no sentido politico. Não porque não interessa, apenas porque desejo abordar esta questão por si só.
Aquele momento em que se levanta a bandeira da República Popular de Moçambique, ao ver as imagens de então apercebo-me que foi sentido exactamente o que eu senti, numa dimensão diferente - é claro.
Da janela do meu escritório vejo os preparativos e consigo fazer um filme inteiro, com as pessoas hoje aqui envolvidas nestas comemorações, a relevância da parada e das cores.
Numa altura em que a bandeira de Moçambique se prepara para alterar, é com grande prazer que vivo este momento em Moçambique junto de Moçambicanos e Portugueses que por cá ficaram e outros estrangeiros que cá vivem.
A 25 de Junho de 1975, Samora Moisés Machel proclama a independência deste país tão jovem e tão antigo.
Explico, a 10 de Julho faz anos a mãe do Marcelino dos Santos e ao completar 100 anos (sim um século inteiro), atira-nos com aquele olhar doce que tem, lúcida onde o físico começa a trair, a existência deste país muito além dos 30 anos.
Moçambique está muito diferente, nota-se na apresentação dos pivos da TVM, das lojas, da imensa cultura que por aqui se vai manifestando e cada dia que passa, vai aumentando promovendo e confirmando a paz.
Moçambique é um país muito especial por muitas razões, não consigo deixar de sentir aquele arrepio que eu própria senti quando atingi a maioridade ao ver a sua celebração.
A todos os que a esta terra pertençam naturalmente ou não, os meus parabéns!
terça-feira, junho 21, 2005
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