quarta-feira, maio 04, 2005

Ok prontes, já está.

Algumas novidades:

1. Saiu finalmente o livro do nosso colaborador Amâncio Miguel, uma compilação excelente de entrevistas feitas aos músicos moçambicanos, editada pela Marimbique. Um sonho partilhado há 4 anos e está nas bancas a 150 mil meticais. Marrabentar é o título e uma grande maioria destas entrevistas já sairam na nossa revista QP. Estou que nem mãe galinha babada por ver um filho ir para o primeiro dia de escola. Aceitam-se encomendas.

2. Os nossos chapas já andam identificados. Já voltei a esta terra faz este ano 11 anos (tantos) e pela primeira vez vejo identificação nos chapas (taxis). Agora já me sinto mais referenciada, sei para onde estamos a ir. Puxa demorou.

3. A mudança do meu escritório já se deu sim. Uffffffffff. Estamos agora voltados para o rio, vemos a Catembe e a baixa maputense todinha, linda como sempre e uns finais de dias deliciosos. Estamos no Pestana Rovuma Hotel. É que aqueles andares estão a virar escritõrios!!!

4. O frio começa a ser sentido, finalmente. O que quer dizer que JHB (Joanesburgo) está um briol de rachar. Já é preciso levar ceroulas.

5. A minha Zaka foi literalmente assaltada por milhentas carraças minúsculas, que a minha vóvó Alice diz serem "carraças de bois" e hoje foi dia de as tirar todas....com tesouradas. Estas vieram duma tarde passada na Namaacha.

6. As notícias que Portugal está a passar não me estão a interessar fora o referendo que o presidente achou por bem adiar mais um pouquinho. Aqui fica a minha solidariedade por todas as mulheres que não tenham escolha.

7. Maputo continua a ser a minha cidade de eleição, doi-me, doi-me muito o peito por ver uma marginal lindíssima a desaparecer. Salvem as baleias, salvem a marginal de Maputo.

Bejos a todos e em especial a aqueles que por mim vão puxando, daqui e dali. :)

2 comentários:

Nelson Reprezas disse...

Até que enfim :)
1) Parabéns ao Amâncio (que não conheço mas deve ser um gajo porreiro). Há direito a um exemplar para um ex colaborador da QP?
2) Chapas - No comments.
3) Não me surpreende a disponibilidade de unidades hoteleiras de luxo para aluguer de escritórios. Maputo deve ser a cidade com o mais elevado rácio de camas/visitantes que conheço. Ainda não percebi porquê... ou se calhar percebo, mas posso estar enganado.
4) O frio de Maputo... faz-me sdaudades. Era o tempo do mar chão e do regresso ao Naval já de noite, com as luzes do barco acesas. E também de ir visitar as baleias que todos os anos, em Junho, iam visitar e brincar no Baixo Danae. E, ainda dos "cuda" ou peixe serra mais pequenos (4 a 5 kg apenas), que eram os melhores para o prato. E, ainda... chega :))
5) Carraças da Zaka - Cortar o pelo NÃO CHEGA. Eu sei que tipo de carraça é esse e é abundante em Maputo. E mais: é perigosa para humanos. Fala com o meu colega Santiago... ou com o Rui Santos. Eles dir-te-ão o que podes e deves fazer que aqui no blog dá uma trabalheira.
6) Portugal - no comments
7) Ha´cerca de 10 anos levei uma equipe de técnicos especializados da África do Sul em combate e defesa da erosão. Um dos sítios visitados foi exactamente a marginal - ainda estou para perceber como é que aquelas casuarinas se mantêm sem cair, presas só pelas raízes todas à mostra. Outro local foram as barreiras do "caracol". Promovi até uma conferência com o Conselho Executivo e algumas forças vivas da cidade.
O problema das casuarinas da marginal é o mais grave. São elas que, apesar de descarnadas, ainda seguram a língua de areia ao longo da praia. Quando cairem, o mar vai chegar ao autódromo...
Beijinhos

Passada disse...

Olá Espumante. Todos os dias passo pelo Fame e pergunto sempre ao meu rapaz se já o levei lá, estou tão perto e tão longe desse mar que me dá uma imensa paz. Faz sim aqueles dias lindos de mar chão, espelho que parece termos a Inhaca a dois metros de nós.
A Zaca levarei ao veternário, a tadinha está toda mordida, faz dó.
Agora a marginal: para a pista já não irá que tem lá um game, mas para Marracuene talvez. Estão umas imagens insólitas, as tais de árvores seguram-se literalmente pela raíz. Se vier uma tempestade daquelas cá do burgo, creio que muitas irãi cair.