terça-feira, maio 17, 2005

Harley Davidson, in Maputo

O cinema americano provocou em mim uma admiração idolatrada por alguns símbolos, inspirados por Kerouac, por James Dean e a beleza estonteante de Ava Gardner.

Não é costume, ver Harley Davidsons em Maputo. Um resultado penso eu da abolição dos vistos de entrada entre África do Sul e Moçambique (começo a ver sinais positivos de diplomacia) e no início da noite (que por sinal aqui começa às 17h30) ao atravessar um dos muitos cruzamentos (Maputo é recheada de paralelismo urbano, ainda dizem que nada temos para escrever e ser característicos, irra), deparo-me com um grupo imenso de umas 10 motas, da minha marca preferida para o passeio. Quiça toda a liberdade mais do que associada a este brand, certo, certo é que atravessou perante os meus olhos bem míopes (código genético por explicar com paciência, sou efectivamente um resultado de pais, avós, bisavós, trisavós pergunto se tenho algo meu?? Just joking) um cenário giríssimo, caracterizado por homens e mulheres com aquele look de tatoo e quem sabe desmepregados (touché).

Este é um pormenor nada comum e que a cidade de Maputo, em tempos altamente cosmopolita, nunca vê.

Foi ótimo. Por muitas razões mas talvez a principal por eu ter dito ao meu pai: "Dad, é aqui que quero ficar porque as coisas vão acontecer e acontecendo estarei no meu lugar".

Com tudo do bom e do mau que acontece com as "aberturas" (para nós ainda terá de ser entre-aspas), pelo menos alguns catraios, daqueles que já passaram o que eu ainda estou por passar e que continuam a ter uma postura dançante e de música naqueles olhos expressivos. Era ver as expressões de quem vê pela primeira vez um estilo completamente diferente de viajar, de vestir de estar.

Sempre é melhor do que falar no meu sporting que me fez deprimir a minha esperança, até amanhã. Porque vamos ganhar.

Última hora, fresca: moeda única em África para 2018. Já tenho alguma barba branca mas, cá estarei para ver!

1 comentário:

Passada disse...

Oh Incompetente, craro que eram Harleys. Se non, na era poste.

Moeda única? yes, assim mesmo. Não sei da viabilidade para já.

Beijo latino!