sexta-feira, janeiro 14, 2005

Vergonha do meu passaporte

José Mesquita, médico em Bangkok a dar o seu apoio afirma "tenho pena de dizer isto mas Portugal, não deu apoio rigorosamente nehum a este processo". Referindo-se à Filipa que perdeu ali seu pai e andou por lá à procura dele. Mas meus caros, que isto não seja novidade e que por aqui vivo, até esta data nunca vi Portugal através da sua embaixada fazer alguma coisa visível que seja. Eu explico, existem picos de insegurança em Maputo, altura do Natal sendo a mais complicada para o roubo de carros, assaltos à mão armada etc. É comum ver-se nos jornais cá avisos de embaixadas do EUA ou Inglaterra, mas Portugal, nunca. É que nem todos os cidadãos portugueses têm acesso à internet ou circula por grupos onde estas mensagens sejam disseminadas. Infelizmente é para mim, muito fácil ver os nossos podres e até que ponto os deixamos aqui em Moçambique.

6 comentários:

RjL disse...

Pois eu tb tenho um passaporte desses apesar de dizer Comunidade Europeia acho eu. Já pensei em pedir asilo político a outro país. Acha que se o fizesse à embaixada de Moçambique tinha sucesso?
Por vezes acho que era preciso um tsunami que levasse para longe esta classe política que temos. Sei lá nem que fosse para uma reforma dourada numa qualquer ilha paradisíaca. Mas que fossem todos. até ficava a achar que o meu dinheiro dos impostos era bem aplicado só para me livre de tanta mesquinhez e mediocridade. Ainda por cima em 20 de Fevereiro só as moscas vão mudar de posição. Nem sequer vão se outras e a m.... vai, alegremente, continuara a feder.
Tirem-me daqui........

RjL disse...

Pois eu tb tenho um passaporte desses apesar de dizer Comunidade Europeia acho eu. Já pensei em pedir asilo político a outro país. Acha que se o fizesse à embaixada de Moçambique tinha sucesso?
Por vezes acho que era preciso um tsunami que levasse para longe esta classe política que temos. Sei lá nem que fosse para uma reforma dourada numa qualquer ilha paradisíaca. Mas que fossem todos. até ficava a achar que o meu dinheiro dos impostos era bem aplicado só para me livre de tanta mesquinhez e mediocridade. Ainda por cima em 20 de Fevereiro só as moscas vão mudar de posição. Nem sequer vão ser outras e a m.... vai, alegremente, continuara a feder.
Tirem-me daqui........

Madalena disse...

Concordo que temos uma classe política que não presta, mas daí a mandá-los para a tal ilha... Aqui, mais tarde ou mias cedo pode ser que venham a sofrer do mal que fizeram.
Beijinhos mm
Hoje encontrei um colega que parte hoje para Maputo.
Mandei um xi coração carregadinho de saudade para a minha terra!

Passada disse...

Só falei neste ponto por temer o meu exagero no repúdio que por vezes sinto dado que o sofro nos dois lados, aí e aqui. E neste caso específico, na mais séria forma de respeito: pelos mortos, por perder um ente chegado ou afastado, mas a verdade é que já cansou a burocracia, a eterna forma de "não faz e não deixa fazer" blá, blá. Não, infelizmente o asilo aqui pode não ser das melhores saídas dado o profundo ódio existente aos portugueses em geral e todos em particluar. Mas sempre existem os "casmurros" que nem eu que ainda hoje prefere aqui estar do que aí estar. É tudo uma questão de prioridades. Prometo "postar" o que de bom temos, claro, que há, mas um dia. Menosad manda-me o seu endereço do blog pf. Mada: longe vai o tempo de mandar as pessoas (mulheres!!) para a fogueira mas temos de ver que por vezes vontade não falta e neste caso não será pela censura, bruxaria, doidice ou mera independência, será por má política, quiça abuso das pessoas. Podemos incluir os animais aqui. Beijinhos para ti

RjL disse...

Iá, tb me passei em/durante as minhas estadias por essas bandas. Passar-me-ei ainda mais sempre que voltar.
E voltarei sempre que se proporcionar.
Qt ao ódio permita-me discordar: nunca o senti. É claro que existe, como aqui tb existe em relação aos moçambicanos, melhor ainda, em relação aos negros ou aos frelimistas ou... enfim.
Esse dito ódio costuma manifestar-se qd se sentem ameaçados, principalmente pela ignorância. Aliás a velha desculpa do colonialismo continua a ser o chavão de toda a desgraça. É sempre mais fácil do que o "mea-culpa".
Mas isso tb se sente em Lisboa, temos de aprender a viver com isso, mostrando trabalho e competência.
De resto no meio do povo, no interior de Moçambique o que tenho sentido é amizade, carinho e um grande "seja benvindo". Trata os outros como queres que te tratem a ti! É o k tenho feito e o que tenho sempre sentido!!

Mas o que mais me choca é que muitos dos que têm um ódio de estimação pelos tugas, escondem no fundo do baú, um passaporte igual ao meu para o que der e vier.
Amigo meu, de origem moçambicana e que trabalha no SEF no aeroporto de Lisboa costuma ver, filhos, netos, e esposas de altos dirigentes de Moçambique - é melhor nem especificar - a passar na fila destinada aos portugueses. Quererá isto dizer alguma coisa??

Passada disse...

Não podia concordar mais consigo. Foi recentemente promolugada a lei da dupla nacionalidade aqui. A que me referia concretamente naturalmnte o abuso exsitente e aqui desculpe-me é notório por aqui, como é aí. Velha história e história velha. Nem sempre pela ignorância mas por interesses financeiros blá, blá. No entanto temos de saber que também foi aqui "deixado" aquilo que tão pertinentemente fala: amizade, a hospitalidade a sinceridade. Tão notória fora das urbes. Obrigada pelo seu tempo e comentários. Adoro um bom debate e o nosso próprio desgaste não deverá ofuscar a realidade. Até breve.