quinta-feira, dezembro 02, 2004

Ansiedade luso-moçambicana.

Talvez das muitas poucas coisas que se possa dizer que existe em comum (que me perdoe o saudosismo), além da língua entre moçambique e portugal é a ansiedade do momento que tanto um país quanto o outro sofre de ansiedade e desgraçadamente por motivos em tudo idênticos. Política! No mínimo caricato e apelo aos estudiosos desta área que percam um pouquinho de tempo a analisarem este ponto. Bem deste lado falta apenas uma hora para o fecho das urnas e depois é começar a contar, mas para já reina a fraca afluência ao direito adquirido, o calor pesado e húmido, o cansaço do ano, a semana curta de trabalho, uma cidade quasi vazia. Mas algo de novo marcam estas eleições que é a possibilidade de os moçambicanos no estrangeiro poderem votar. Por lei, serão 15 dias para obtermos resultados para já, dos 9 milhões recenseados veremos quantos foram molhar o dedo. Para os que não sabem, todos os votantes têm de molhar o dedo numa tinta que parece hena e deixar lá a impressão. Portuguesa que sou e o carinho, não, paixão que tenho por esta terra leva-me a viver estes dias com muita ansiedade, não só pela possível continuidade e manutenção da vida que aqui tenho mas acima de tudo porque desejo com toda a força possível deste mundo que este país desenvolva, cresça sem precalços, sem tretas.

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